quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Vontade do povo

Gostaria de saber qual é o critério utilizado pelo Grupo Sinos para classificar um político como sendo "da região". Qual é a nossa região? Vale dos Sinos? Litoral? Hortências? Paranhana? Metropolitana? É a área de abrangência comercial do Grupo Sinos? Quem escolhe quem representa "a região" são os eleitores, que em Novo Hamburgo, por exemplo, concederam o título de mais votada da cidade para a deputada Manuela D'Ávila. Nosso sistema eleitoral para deputados não é distrital e nem majoritário, portanto não há representações "das regiões" e sim de correntes de opinião. Acredito que, ao ouvir a opinião dos "representantes da região" em reportagens, o Grupo Sinos deveria levar em conta a vontade popular expressa nas urnas.

Romulo Messias Kipper
Secretário de Organização do PCdoB de Novo Hamburgo
Licenciado em Química

Brasil no estandarte, o samba é meu combate!

O ano recém começou e já arrebentou a porta de entrada dizendo a que veio. Os estudantes iniciaram 2011 com mobilização, debate e muita cultura. Milhares de estudantes brasileiros participaram do 13° Conselho Nacional de Entidades de Base - CONEB / 1° Encontro Nacional de Grêmios Estudantis e Bienal da UNE, entre os dias 15 e 22 no Rio de Janeiro.
Para os estudantes de Novo Hamburgo não foi diferente, mobilizaram dezenas de Grêmios Estudantis de diferentes escolas e Diretórios Acadêmicos para participar.

Nas ruas de hoje, o Brasil de amanhã.


Ao todo foram dezenas de debates que nortearão a atuação da União Nacional dos Estudantes e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas durante o ano. Cumpriu também o papel de elaborar a plataforma estudantil para o Plano Nacional de Educação.
As delegações de estudantes de todo o Brasil aprovaram importantes
bandeiras de luta como a
destinação de 10% do PIB para a educação e a derrubada do veto presidencial à emenda que destina 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação, além de avançar muito no debate a respeito da regularização do ensino privado, a autonomia e o financiamento do ensino público, reforma política, democratização dos meios de comunicação, além de um debate específico sobre o Programa Universidade Para Todos - ProUni. Ainda, foram lançados os seminários de assistência estudantil e de mulheres da UNE.

"A Bienal abandona, corajosamente, o medo de que o Brasil termine em um imenso carnaval, sem prazo para a última batida. Juntos, os estudantes brasileiros mostrarão que ser feliz também é o combate".
A maior mostra estudantil da América Latina reuniu dezenas de milhares de estudantes para discutir através da arte, cultura, ciência e tecnologia as raízes do povo brasileiro. Foram diverso
s trabalhos apresentados por estudantes no aterro do Flamengo,
próximo à reconstrução da histórica sede da UNE e da UBES, além de intervenções culturais, como no Morro dos Macacos do tão cantado Morro do Pau da Bandeira, onde os estudantes puderam aprender com aqueles moradores que tanto tem a ensinar.
A abertura já dizia tudo "O show tem que continuar", e quem dizia era a madrinha da 7ª Bienal da UNE, Beth Carvalho.
As noites da Bienal foram agitadas pelo som de Marcelo D2, MC Leonardo e MC Sabrina na Cidade do Samba, Leci Brandão, Rappin Hood e Arlindo Cruz na Quinta da Boa Vista, Elza Soares, Farofa Carioca e o grande Martinho da Vila nos arcos da Lapa.

Para transformar sonho em realidade

O calor do Rio de Janeiro não esmoreceu os estudantes e a Bienal foi encerrada numa grande passeata cultural em frente à praia de Ipanema. Com muito samba os estudantes já pediam 10% do PIB e 50% do Fundo social do Pré-Sal para a educação.


Tiago Morbach,
Diretor de Comunicação da UJS/RS
Estudante de Jornalismo